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Vale da Celulose terá investimento de R$ 117,5 milhões do BNDES para novos 'linhões'

Foto: reprodução
Rogério Potinatti
16/5/2025
às
7:45

O avanço das megafábricas de celulose em Mato Grosso do Sul tem impulsionado não apenas a indústria florestal, mas também a infraestrutura energética do estado.

Um novo financiamento aprovado nesta semana pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai injetar R$ 117,5 milhões na expansão da rede de transmissão de energia no leste e sudoeste do estado.

O projeto, que será executado pela empresa Anastácio Transmissora de Energia S.A., prevê a construção de uma linha de transmissão de 74 km entre as subestações de Inocência, em Paranaíba, e Ilha Solteira 2, em Selvíria — região estratégica que integra o chamado Vale da Celulose, onde está sendo instalada a nova planta da multinacional chilena Arauco.

Além disso, o investimento contempla a ampliação da subestação de Anastácio, com a substituição dos autotransformadores atuais por novas unidades de maior capacidade e a construção de um novo pátio de 138kV.

Cada iniciativa receberá R$ 58,75 milhões em recursos, oriundos do programa Finem, voltado a grandes empreendimentos. Ao todo, o projeto deve gerar 1.550 empregos diretos e indiretos durante a fase de implantação.

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Expansão energética para atender ao crescimento industrial

A nova linha de transmissão será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), ampliando a capacidade de escoamento de energia e melhorando a segurança do fornecimento para consumidores industriais e residenciais em Mato Grosso do Sul.

Segundo o BNDES, o investimento reforça a infraestrutura elétrica do Centro-Oeste e acompanha o crescimento acelerado da região, que tem se consolidado como um dos polos industriais mais relevantes do Brasil.

“O projeto contribui para aumentar a disponibilidade e a confiabilidade do sistema nacional de energia, beneficiando diretamente a população sul-mato-grossense e preparando o estado para demandas futuras”, destacou o presidente da instituição financeira.

Projeto faz parte de concessão de 30 anos

O empreendimento pertence ao Grupo Interalli, empresa com atuação nos setores de energia, agronegócio, portos e mobilidade. O custo total da obra é estimado em R$ 180 milhões, com concessão válida por 30 anos.

A expansão da infraestrutura energética é considerada estratégica diante do volume de investimentos atraídos por Mato Grosso do Sul nos últimos anos, especialmente nas áreas de celulose, biocombustíveis e agricultura de alta produtividade.