Pouco mais de uma semana após uma visita do governador Eduardo Riedel (PP) à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), os deputados aprovaram o projeto que autoriza o Governo do Estado a contratar um empréstimo de R$ 950 milhões com o Banco do Brasil, destinado a financiar obras e investimentos em infraestrutura em todas as regiões do Estado. A proposta recebeu 17 votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções.
O presidente da Alems, deputado Gerson Claro (PP), afirmou que a operação representa mais do que um reforço financeiro: é uma prova da credibilidade e do equilíbrio fiscal que Mato Grosso do Sul conquistou.
“Nenhuma instituição financeira aprova um financiamento dessa magnitude para um Estado quebrado. Essa operação é uma prova do equilíbrio fiscal e da credibilidade que Mato Grosso do Sul conquistou”, destacou Gerson.
Segundo ele, o financiamento vai assegurar a continuidade dos investimentos sem aumento da carga tributária, permitindo que o Estado amplie obras estruturantes de pavimentação, recapeamento e revitalização urbana, com impacto direto na qualidade de vida da população.
“O objetivo é crescer, investir e melhorar a vida das pessoas, mantendo o equilíbrio fiscal e sem criar novos tributos”, reforçou.
Em Campo Grande, o programa MS Ativo já realiza obras de revitalização nas Moreninhas e nos principais acessos da cidade. Os recursos do novo financiamento seguirão a mesma linha de investimento, com foco em infraestrutura urbana e regional, sem serem utilizados para custeio da máquina pública.
O governador Eduardo Riedel destacou que o Estado tem um espaço fiscal avalizado pelo Tesouro Nacional, o que garante condições especiais para o crédito, com juros de apenas 1,6% ao ano, carência de 12 meses e prazo de 17 anos para pagamento.
“Queremos aproveitar essa oportunidade para realizar investimentos necessários aos municípios, sem aumentar a carga tributária. É uma linha de crédito com juros muito abaixo da média de mercado”, defendeu Riedel.
Durante a votação, Gerson Claro também lembrou que o Estado mantém a alíquota modal do ICMS em 17%, a menor do país — decisão que, segundo ele, representa renúncia anual de cerca de R$ 1 bilhão em arrecadação, mas que preserva a competitividade e atrai novos empreendimentos.
Além desse financiamento, a Assembleia já havia aprovado outro crédito de R$ 2 bilhões junto ao BNDES, destinado à execução de obras de pavimentação e melhorias na infraestrutura urbana e rural.
O parlamentar destacou ainda que os incentivos fiscais, estimados em R$ 20 bilhões anuais, são ferramentas essenciais para o desenvolvimento econômico.
“Sem esses incentivos, Mato Grosso do Sul não teria atraído mais de R$ 100 bilhões em investimentos privados, responsáveis pela instalação de grandes empreendimentos, geração de empregos e fortalecimento da economia regional”, afirmou.
Polo industrial e novos investimentos
Entre os resultados dessas políticas, Gerson citou o avanço da indústria de celulose, que consolidou o Estado como o maior polo mundial de produção e exportação do setor.
Em Inocência, por exemplo, a construção da fábrica da Arauco mobiliza cerca de 10 mil trabalhadores e soma R$ 24,2 bilhões em investimentos. Já em Ribas do Rio Pardo e Bataguassu, as indústrias de celulose transformam a economia local, e em Sidrolândia, a operação da Impasa movimenta cerca de 500 caminhões por dia, impulsionando o comércio e a renda.
“Estamos fortalecendo nossos setores produtivos, gerando oportunidades e construindo um Estado mais competitivo e desenvolvido, sem comprometer as contas públicas”, concluiu Gerson Claro.
O empréstimo será pago em 17 anos, com carência de um ano e juros de 1,6% ao ano, tendo a União como avalista e as receitas do Estado como garantia.
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