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Concessão prevê custo com pedágios acima de R$ 56 entre Campo Grande e Três Lagoas pela BR-262

Foto: reprodução
Rogerio Potinatti
15/5/2025
às
8:00

Mesmo reunindo o tráfego de quatro importantes rodovias — BR-262, BR-267, MS-040 e MS-338 —, o volume de veículos que circulará pela chamada Rota da Celulose será significativamente menor do que o registrado na BR-163, principal corredor rodoviário de Mato Grosso do Sul. Essa diferença impacta diretamente no valor do pedágio, que será mais que o dobro na nova concessão.

De acordo com os estudos que embasaram o leilão realizado em 8 de maio, cada uma das 12 praças de pedágio previstas para a Rota da Celulose terá um fluxo médio de 10 mil eixos pagantes por dia. Na BR-163, essa média é de 16,5 mil eixos, uma diferença de 65% a mais.

Apesar do tráfego inferior, os valores projetados para a Rota da Celulose são significativamente maiores. Em números atuais, a nova concessão deve gerar cerca de R$ 1,5 milhão por dia ao consórcio vencedor K&G, enquanto a BR-163 arrecada R$ 1,19 milhão diários com seus nove pedágios, mesmo com maior fluxo.

Rota mais cara, mesmo com deságio

Com 870 km de extensão, a Rota da Celulose será mais extensa que os 847 km da BR-163. Para o motorista de um carro de passeio, percorrer toda a Rota custará R$ 151,06 assim que os pedágios começarem a ser cobrados, provavelmente no segundo semestre de 2025. Esse valor já inclui o desconto de 9% oferecido no leilão pelas empresas K-Infra e Galapagos Capital. Já quem atravessa a BR-163 hoje paga R$ 72,50, ou seja, menos da metade.

Em termos práticos, o custo médio por quilômetro rodado será de R$ 0,17 na Rota da Celulose, contra R$ 0,08 na BR-163. Mesmo com a futura relicitação da BR-163, marcada para 22 de maio, e com previsão de aumento gradual da tarifa, o valor só deverá se equiparar à nova concessão daqui a quatro anos. Para o primeiro ano, está prevista uma elevação de 33%, o que deve elevar o custo por km para pouco mais de R$ 0,10.

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Custo por trecho

A depender do trajeto escolhido, o impacto no bolso do usuário varia:

  • Campo Grande a Três Lagoas (pela BR-262): R$ 56,90, com cerca de 100 km duplicados
  • Campo Grande a SP pela MS-040: R$ 56,00 nos cinco pedágios
  • Nova Alvorada do Sul à divisa com SP pela BR-267: R$ 43,10 nos quatro pontos de cobrança

Mesmo com menos duplicações previstas no início do contrato, a tarifa inicial já será pesada para os motoristas, especialmente os que utilizam os trechos regularmente.