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Empresas chinesas anunciam R$ 27 bilhões em investimentos no Brasil, com foco em delivery, fast-food, tecnologia e energia

Foto: reprodução
Da redação
13/5/2025
às
7:40

Uma nova onda de investimentos chineses promete movimentar diversos setores da economia brasileira. Ao todo, mais de R$ 27 bilhões em aportes estão previstos em áreas como delivery, fast-food, semicondutores, energia renovável e mobilidade elétrica. Os anúncios foram realizados durante um seminário empresarial que reuniu autoridades e empresários dos dois países.

Entre os principais destaques está a entrada da Meituan, gigante chinesa do delivery, que irá operar no Brasil sob a marca Keeta, já usada em Hong Kong e na Arábia Saudita. A empresa planeja investir R$ 5,6 bilhões nos próximos cinco anos, com previsão de criar de 3 mil a 4 mil empregos diretos em uma central de atendimento no Nordeste, além de 100 mil empregos indiretos.

Outro anúncio importante é da Mixue, maior rede de fast-food do mundo, com 45 mil lojas — número que supera até o McDonald’s. A empresa vai iniciar operações no Brasil com um investimento inicial de R$ 3,2 bilhões, utilizando frutas brasileiras na produção de sorvetes e bebidas geladas, e prevê gerar até 25 mil empregos até 2030.

No setor de tecnologia, a Longsys, por meio da subsidiária Zilia, detalhou um plano de investimento de R$ 650 milhões para 2024 e 2025. O recurso será aplicado na ampliação das unidades fabris em São Paulo e Manaus, com foco na produção de componentes para semicondutores e dispositivos de memória, como DRAM e Flash.

A indústria automobilística também está na mira dos investimentos. A GWM (Great Wall Motors) anunciou R$ 6 bilhões para expandir suas operações no Brasil, com foco em exportações para América do Sul e México. Já a GAC Motor confirmou sua instalação em Goiás, onde fabricará três modelos — dois elétricos e um híbrido — com um plano de investimento estimado em US$ 1,3 bilhão.

No setor de energia limpa, a Envision projeta investir até R$ 5 bilhões em um parque industrial voltado à produção de SAF (combustível sustentável de aviação) e hidrogênio verde. Enquanto isso, a CGN (China General Nuclear Power Group) planeja investir R$ 3 bilhões em um hub de energia renovável no Piauí, com foco em energia eólica, solar e armazenamento. A previsão é de gerar mais de 5 mil empregos na fase de construção.

A Didi, controladora do app de mobilidade 99, também vai ampliar sua atuação no Brasil, com foco em serviços de entrega e um plano para instalar 10 mil pontos de recarga de veículos elétricos, estimulando a eletrificação da frota no país.

Por fim, a Nortec Química, em parceria com empresas chinesas, investirá R$ 350 milhões na implantação de uma nova plataforma industrial no Brasil.

Os anúncios reforçam o interesse estratégico da China no mercado brasileiro, promovendo avanços em inovação, sustentabilidade, conectividade e industrialização, com impactos diretos na geração de empregos e no crescimento regional.