Durante a sessão desta terça-feira na Câmara Municipal de Três Lagoas, o vereador Fernando Jurado trouxe à tona dois temas importantes e que tocam diretamente a vida dos moradores: o desafio das lixeiras nos ranchos e o impacto da alta carga tributária sobre o trabalhador brasileiro.
No início da fala, Jurado cobrou uma solução inovadora para o problema das lixeiras que afeta tanto a paisagem urbana quanto o meio ambiente nos ranchos da cidade. Para ele, as soluções paliativas já se mostraram ineficazes. “Precisamos parar de tratar esse tema como algo menor. É hora de usar a inovação para dar uma resposta real e definitiva”, afirmou.
Ele apresentou a Ferramenta de Compras Públicas de Soluções Inovadoras (CPSI) como alternativa moderna para enfrentar o problema. Esse modelo, que já funciona em cidades como Recife, permite que o poder público contrate tecnologia e inovação para resolver problemas pontuais com mais eficiência e menos burocracia. “É a chance de dar o primeiro passo para que Três Lagoas entre de vez na era da inovação”, frisou Jurado.
Segundo ele, mais do que resolver um problema urbano, usar a CPSI coloca Três Lagoas no mapa das cidades que modernizam a gestão pública e criam um ecossistema de soluções inteligentes. “Não estamos falando apenas de lixeiras. Estamos falando de uma nova forma de governar e de pensar o futuro da cidade”, destacou.
Dia da Liberdade de Impostos
Além da cobrança por inovação, Jurado também usou a sessão para lembrar a importância do dia 29 de maio, conhecido como o “Dia da Liberdade de Impostos”. Ele explicou que essa data marca simbolicamente o momento em que o trabalhador brasileiro deixa de trabalhar só para pagar impostos e começa, de fato, a trabalhar para sustentar a própria família.
“O Brasil tem uma carga tributária absurda, que ultrapassa os 40%. Isso significa que o brasileiro trabalha cinco meses inteiros só para pagar tributos. É injusto, e precisamos discutir isso com seriedade”, disse Jurado. O vereador destacou ainda que o retorno dos impostos pagos é muito baixo, com o país ocupando as últimas posições em retorno de arrecadação no mundo. “O que preocupa não é só o valor que pagamos, mas o desperdício desse dinheiro em corrupção, privilégios e ineficiência. Pagamos muito e recebemos quase nada em troca”, criticou.
Para Jurado, o dia 29 de maio precisa ser um convite à reflexão e à cobrança por mudanças. “Não podemos aceitar que o Estado seja um peso nas costas do trabalhador. O Estado tem que ser um parceiro, não um empecilho para quem quer crescer”, finalizou, reafirmando o compromisso de continuar defendendo a redução da carga tributária e a modernização da gestão pública.