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O elevador lilás: quando o que deveria subir nos derruba

Foto:
Thaysa Queiroz
6/8/2025
às
20:50

Um elevador deveria facilitar o acesso. Muitas vezes, ele simboliza progresso — subir na vida, alcançar novos andares, novas conquistas.

Mas recentemente, ele se tornou símbolo de tormento, medo, injustiça, ira, agressão, crime.

O número 61 não sai da minha cabeça.

Dias antes de comemorarmos as conquistas do Agosto Lilás, fomos impactados com uma violência escancarada, que nos fez chorar, gritar, discutir e, principalmente, lutar contra a violência física.

Mas e as violências que não são divulgadas?

E aquelas que são camufladas, silenciosas, muitas vezes imperceptíveis até para quem sofre?

Além da indignação e da força para continuar lutando, quero falar sobre essas e outras formas de violência. Porque só conseguimos denunciar aquilo que reconhecemos como crime.

🔹 Quando ele te humilha, diz que você está feia, gorda, grita com você — isso é violência psicológica.
🔹 Quando inventa calúnias, te xinga, te expõe para amigos e familiares — isso é violência moral.
🔹 Quando retém seus bens, destrói sua casa, ameaça te deixar sem dinheiro — isso é violência patrimonial
🔹 Quando, mesmo sendo namorado ou marido, toca seu corpo sem consentimento, ou te intimida com coação ou força física — isso é violência sexual.

Todas essas formas de agressão são crimes definidos pela Lei Maria da Penha, que está em vigor desde 2006 e representa um dos marcos mais importantes no enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil.

Sim, é importante comemorarmos nossas conquistas até aqui.

Mas mais importante ainda é reconhecer o quanto ainda falta vencer.

Denuncie: Disque 100 - CRAM Três Lagoas: (67) 98427-2978

Por:

Thaysa Queiroz

Bióloga, apaixonada por diversidade, inclusão e equidade.