Chegou ao fim, neste sábado (23), o Show Florestal 2025, realizado em Três Lagoas, que mais uma vez reforçou a posição de Mato Grosso do Sul como um dos principais polos mundiais de celulose. Ao longo de quatro dias, o evento reuniu 163 expositores, movimentou negócios e projetou o futuro de uma cadeia que deve ultrapassar R$ 70 bilhões em investimentos até 2028.

O Vale da Celulose em expansão
Nos últimos dez anos, o Estado registrou uma expansão de mais de 500% na área de florestas plantadas, saltando de 300 mil hectares para 1,75 milhão em 2025. Essa base garante sustentação ao crescimento do setor, que hoje já responde por 10,7% do PIB estadual, movimentando R$ 15,7 bilhões apenas em 2024.
A projeção é de continuidade desse ritmo. O Estado, já apelidado de “Vale da Celulose”, abriga seis grandes empreendimentos em operação ou implantação, entre eles:
- Projeto Cerrado (Suzano) – Ribas do Rio Pardo, R$ 22,2 bilhões e capacidade de 2,55 milhões de toneladas/ano;
- Projeto Sucuriú (Arauco) – Inocência, R$ 25 bilhões e previsão de até 3,5 milhões de toneladas/ano a partir de 2027;
- Bracell – Bataguassu, R$ 16 bilhões, voltado à produção de celulose solúvel;
- Eldorado Brasil – prepara ampliação em Três Lagoas.
Sustentabilidade e logística como diferencial
Na abertura do 7º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul, que integrou a programação do Show Florestal, o secretário-executivo da Semadesc, Rogério Thomitão Beretta, destacou a combinação de fatores que têm atraído players globais.
“Esse crescimento se deu em áreas já antropizadas, garantindo sustentabilidade. O Governo do Estado tem assegurado segurança jurídica, incentivos fiscais, investimentos logísticos e infraestrutura, como a concessão das rodovias estratégicas, aeroportos e a Rota Bioceânica, que farão do Mato Grosso do Sul um hub logístico da América do Sul”, afirmou.
Encerramento com saldo positivo
Com projeções arrojadas, recordes em áreas plantadas e novos empreendimentos à vista, o Show Florestal 2025 se despede deixando a marca de que Mato Grosso do Sul não apenas consolidou sua vocação florestal, mas também se projeta como epicentro de um setor bilionário e estratégico para a economia global.