O compromisso com o meio ambiente é um dos pilares do modelo de manejo da Suzano.
Desde o início do Programa de Monitoramento da Fauna, mais de 1,2 mil espécies já foram registradas nas áreas da empresa em Mato Grosso do Sul — 47 delas ameaçadas de extinção.
Somente em 2024, foram 202 novas espécies catalogadas, entre aves, mamíferos, répteis e anfíbios, o que representa um aumento de 44,2% em relação ao ano anterior.
Esses resultados são fruto de uma vigilância constante e de parcerias científicas.
Câmeras de monitoramento, drones e armadilhas fotográficas registram animais como o lobo-guará, tamanduá-bandeira, tatu-canastra e cervo-do-pantanal, todos símbolos do Cerrado.
“O registro recorrente dessas espécies mostra que as nossas áreas são ambientes seguros e produtivos. Muitas usam nossos plantios como refúgio ou ponto de passagem. Isso é um indicador poderoso de qualidade ambiental”, ressalta Beatriz Barcellos Lyra, coordenadora de Sustentabilidade da Suzano.

O tatu-canastra e os corredores florestais
Entre os projetos de destaque está o “Canastras e Eucaliptos”, realizado em parceria com o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS). O objetivo é proteger o tatu-canastra (Priodontes maximus) — o maior tatu do mundo, com até 60 quilos — e entender como essa espécie utiliza as paisagens formadas por florestas plantadas e áreas nativas.
No projeto, os pesquisadores instalaram armadilhas fotográficas e dispositivos de GPS em indivíduos monitorados. A partir desses dados, é possível mapear rotas e ajustar a implantação de corredores ecológicos que favoreçam a circulação segura da fauna.
Além do canastra, as câmeras também registraram anta, queixada, irara e onça-parda, reforçando o potencial das áreas manejadas pela Suzano como zonas de coexistência entre a produção e a vida selvagem.

Proteção contra incêndios: tecnologia a serviço da natureza
Conservar a fauna também é prevenir tragédias ambientais.
Pensando nisso, a Suzano quase dobrou sua rede de monitoramento de incêndios em Mato Grosso do Sul. Hoje, são 56 torres equipadas com câmeras 360º e inteligência artificial, capazes de detectar focos de fogo em um raio de até 15 quilômetros.
As imagens são transmitidas em tempo real para centrais em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, onde mais de 250 brigadistas e aeronaves permanecem de prontidão.

Inovação ambiental e circularidade
Os esforços da Suzano para proteger o meio ambiente se estendem às inovações operacionais. Na unidade de Três Lagoas, a Central de Tratamento de Resíduos transformou 99,7% dos resíduos sólidos industriais em corretivos de solo e fertilizantes orgânicos, devolvendo nutrientes às florestas e lavouras e reduzindo quase a zero o volume enviado a aterros.
Outro exemplo é o colar de proteção biodegradável, feito com fibras de celulose reaproveitadas do processo industrial, que reduz a evaporação da água e diminui em até 10°C a temperatura do solo.
Patenteado em 2008, esta solução foi testada inicialmente em um projeto piloto no Maranhão, em 2021, e começou a ser aplicada em janeiro deste ano nas florestas da empresa no Mato Grosso do Sul.
Produzido com subprodutos da celulose processados na Central de Tratamento de Resíduos, o colar é biodegradável e forma uma camada protetora ao redor da base das mudas, o que reduz a evaporação da água, controla a temperatura do solo e previne danos às raízes causados por altas temperaturas.
Segundo a diretora de Operações Florestais da Suzano no Mato Grosso do Sul, Maria Carolina Zonete, o colar pode reduzir em mais de 10°C a temperatura do solo em dias quentes e diminuir em até 30% a necessidade de irrigação.
"Com o uso do colar de proteção, estamos melhorando a eficiência do manejo florestal e aumentando nossa contribuição com a sustentabilidade do processo, colocando em prática o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo. Será necessário tempo para avaliarmos completamente os benefícios dessa solução em MS. O mais importante são os ganhos sustentáveis que ela pode trazer, tanto no curto, quanto no longo prazo”, completa a diretora.

Joaninhas reforçam manejo sustentável nas florestas da Suzano
O uso de joaninhas ao manejo florestal é uma alternativa sustentável adotada pela Suzano para o controle biológico de pragas, substituindo práticas convencionais por soluções baseadas na própria natureza. De forma pioneira no Brasil, a iniciativa já é aplicada em larga escala em áreas de silvicultura nos estados de São Paulo, Maranhão e Mato Grosso do Sul, alcançando 57 mil hectares somente no último ano.
Além de fortalecer o equilíbrio ambiental, a iniciativa contribui para o uso mais racional de defensivos agrícolas: somente em 2024, cerca de 17,1 mil quilos deixaram de ser utilizados, o que representou uma economia superior a R$ 3 milhões para a companhia.

O projeto é desenvolvido em parceria com a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, a Embrapa Florestas e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e representa um avanço relevante nas pesquisas brasileiras sobre controle biológico. A proposta é utilizar a própria biodiversidade como aliada no controle preventivo de pragas, reduzindo impactos ambientais e promovendo uma produção florestal mais sustentável e eficiente no longo prazo.
A joaninha da espécie Olla v-nigrum atua diretamente no controle do Glycaspis brimblecombei, conhecido como psilídeo-de-concha, uma das pragas mais prejudiciais ao cultivo de eucalipto. Espécie nativa do Brasil, a joaninha apresenta rápida adaptação ao ambiente: entre 24 e 48 horas após a liberação, já percorre a área em busca de alimento e, em condições favoráveis, inicia o ciclo reprodutivo entre cinco e sete dias após o acasalamento. Para garantir a eficácia do controle biológico em campo, são consideradas condições específicas, como temperaturas entre 20 °C e 37 °C, além de umidade moderada.
Antes da liberação em ambiente aberto, a Suzano conduziu estudos detalhados para avaliar o comportamento da espécie frente a diferentes temperaturas, dietas e às principais pragas do eucalipto.
“As joaninhas ficavam em um laboratório da companhia que simulava o ambiente de floresta, localizado na Unidade Florestal de Três Lagoas (MS). Foram dois anos de trabalho, com uma equipe de quatro pesquisadores entomologistas da companhia dedicados a cuidar e estudar o comportamento da espécie. Inovação e sustentabilidade caminham juntas na Suzano, e o uso de joaninhas como controle biológico reflete esse compromisso. A iniciativa permite o uso racional de defensivos químicos, fortalece a biodiversidade e traz ganhos ambientais e sociais, como a valorização da ciência, a geração de empregos e o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para o setor florestal”, explica Maurício Magalhães Domingues, pesquisador da companhia.
As pesquisas que viabilizaram a produção da Olla v-nigrum tiveram início em 2022, a partir da identificação de populações nativas durante surtos da praga do eucalipto em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins.
Em 2023, os estudos avançaram para a criação experimental da espécie, culminando no desenvolvimento da técnica de multiplicação e liberação em larga escala.
Já em 2024, cerca de 210 mil insetos foram liberados. No ambiente natural, o equilíbrio ecológico impede a superpopulação dos inimigos naturais, uma vez que sua sobrevivência depende da disponibilidade da praga-alvo como alimento, além de estarem sujeitos aos seus próprios biocontroladores na cadeia alimentar.
Embora essa estratégia com joaninhas seja inédita no Brasil, países como os Estados Unidos já utilizam o controle biológico com sucesso em diferentes tipos de cultivo, o que reforça sua eficácia como alternativa sustentável para o manejo florestal.
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Sobre a Suzano
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br
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