Você já reparou como quase tudo o que usamos no dia a dia tem ligação com o dólar? O celular que está na sua mão, o combustível que abastece seu carro, até mesmo os remédios importados — todos carregam o impacto da moeda americana. Se o dólar sobe, o preço desses produtos também sobe. Agora imagine ter parte do seu dinheiro investido em dólar: em vez de sofrer, você passa a se beneficiar dessa valorização.
Muitos brasileiros ainda torcem o nariz para os investimentos internacionais, como se fossem um território restrito a grandes empresários. Mas hoje, com poucos cliques, é possível comprar ações da Apple, da Microsoft ou investir em ETFs que reúnem as maiores empresas do mundo. É como se você estivesse sentado à mesa junto dos grandes investidores globais.
Por que isso é importante? Porque o real é frágil. Basta uma crise política, uma eleição conturbada ou uma mudança na economia para nossa moeda perder valor. Já o dólar é visto como porto seguro. Em 2020, por exemplo, quando o Brasil enfrentava incertezas e o real desvalorizava, quem tinha parte da carteira em dólar conseguiu equilibrar as perdas. É como se tivesse um airbag financeiro instalado nos investimentos.
Mas não se trata apenas de proteção. Pense no crescimento. Enquanto o Brasil tem poucas empresas globais de tecnologia, lá fora você encontra gigantes como Tesla, Amazon, Google. Empresas que inovam todos os dias e crescem em escala mundial. Investir nelas é participar do futuro e não ficar preso apenas ao que acontece dentro de nossas fronteiras.
E não é preciso exagerar: não estamos falando em mandar todo o seu patrimônio para fora. Uma alocação de 20% a 30% da sua carteira já faz uma grande diferença. É o suficiente para dar equilíbrio, acesso a outros setores e exposição ao dólar.
Para quem é médico ou empreendedor, essa estratégia faz ainda mais sentido. Ambos têm rotinas intensas, muitas vezes pouco tempo para acompanhar o sobe e desce da economia brasileira. Ter parte do patrimônio dolarizado significa proteger o futuro, manter o poder de compra e reduzir preocupações com instabilidades locais.
Vamos a um exemplo simples: imagine um médico que, ao longo dos anos, guarda seus recursos apenas em reais. Se a inflação dispara e o dólar sobe, o custo de viagens, equipamentos e até estudos no exterior se torna cada vez mais alto. Agora pense nesse mesmo médico com parte dos investimentos em dólar. Em vez de perder poder de compra, ele acompanha a valorização e consegue manter seus projetos de pé.
Ou então, um empreendedor que planeja expandir seus negócios daqui a 10 anos. Se ele depender apenas do real, pode ver seus planos encurtados por conta da volatilidade da moeda. Mas se tiver parte da sua carteira em ativos globais, ganha fôlego para realizar esse sonho em qualquer cenário.
Além disso, há o fator psicológico: quando você sabe que parte do seu dinheiro está protegido em ativos internacionais, aquela angústia de depender apenas das notícias do Brasil diminui. Você passa a olhar o mercado com mais estratégia e menos ansiedade.
No fim das contas, investir em dólar é como ter uma porta de saída contra crises e uma entrada para o crescimento global. Em um mundo conectado, limitar-se apenas ao Brasil é correr riscos desnecessários.
E aí fica a reflexão: você prefere continuar apenas consumindo produtos e serviços das grandes empresas globais ou também quer ser sócio delas e participar dos resultados?