Você já ouviu a frase “viver é um exercício de jardinagem”? Vamos além: já parou para explorar as entrelinhas dessa frase e se aventurar na análise do seu próprio jardim e dos jardins ao seu redor? Um contato direto com a terra—com a sua terra!
Estamos constantemente analisando e julgando os outros, projetando nossas percepções e expectativas nas pessoas e nas circunstâncias. Nesse fluxo, podemos nos perder de nós mesmos. A ânsia de atender a parâmetros sociais—como trabalho, dinheiro, status, e aparência—nos afasta do olhar sábio que devemos ter sobre nós mesmos. Todos nós estamos tentando fazer o nosso melhor, mas muitas vezes não conseguimos corresponder às expectativas, porque nos esquecemos de sentir, observar e cuidar do que realmente importa: nós mesmos.
É nesse ponto que começa o verdadeiro exercício de jardinagem da vida. Às vezes, nos preocupamos em enfeitar nosso jardim com bancos, chafarizes e flores exóticas, mas esquecemos do cantinho central onde se encontra a árvore da vida, muitas vezes ignorada. Pare um momento e observe seu jardim. Você é um jardineiro consciente? Como você faz as semeaduras? Como é o ato de regar e podar? Está atento a cada detalhe? Tem preparado seu solo de forma amorosa e consciente, ou apenas semeia de forma aleatória, esperando resultados milagrosos?
Todos os dias, temos a oportunidade divina de cultivar nossas terras férteis, desfrutando do verde, das cores e dos sabores que a vida oferece. Para isso, precisamos começar pela nossa árvore da vida, com olhares de sabedoria, amor e respeito. Devemos compreender as fases da lua, a função do sol e a importância das sombras nesse processo infinito de jardinagem. Cada estação traz suas lições, e até mesmo as tempestades têm seu valor—devemos estar prontos para agir com leveza após elas.
Invista em você e no seu jardim com generosidade e amor. Permita-se revirar a terra e observar a importância dos espinhos. Alimente-se da sua própria horta e faça tudo de maneira especial, com paciência e resiliência. Aprecie suas flores, aceite seus espinhos. Que sejamos ótimos cultivadores, jardineiros do nosso próprio jardim da vida! Que possamos admirar a visita das borboletas e dos pássaros, e a luz da lua cheia que nos ilumina.
E ao entrar no jardim do outro, façamos isso com respeito, isentando-nos de palpites não solicitados, reconhecendo que cada jardim é um processo único e exclusivo.
Feliz exercício de jardinagem!
Sua jornada não precisa ser solitária! Vamos caminhar juntos?
O meu coração, saúda o seu coração!
Com afeto e gratidão!
Pamella Schefer
Terapeuta Somática e idealizadora do Yoga MAS
Instagram: @conexaosurya
