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Novembro Azul: o papel do jornalista na conscientização e prevenção de doenças

Foto:
Rogério Potinatti
4/11/2024
às
10:00

Os meses de conscientização como o Novembro Azul, Outubro Rosa, Maio Amarelo e por aí seguem, dedicados à prevenção de doenças, são fundamentais para trazer à tona temas muitas vezes negligenciados pela sociedade.

O papel do jornalismo nesse processo é essencial, pois vai além de informar sobre os sintomas ou tratamentos: é uma ferramenta poderosa para mobilizar a população, desmistificar tabus e, principalmente, convencer o público sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

Divulgar ações solidárias e institucionais durante essas campanhas não é apenas um serviço de utilidade pública, mas uma responsabilidade social da imprensa. A comunicação eficiente e responsável pode impactar diretamente a saúde e o bem-estar da população, criando um ciclo de conscientização que, idealmente, leva à redução de doenças graves. É por meio dessas ações que o jornalista contribui para uma sociedade mais informada e proativa em relação aos cuidados com a saúde.

A divulgação constante de dados, histórias de superação e informações técnicas ajuda a construir uma cultura de prevenção.

No caso do Novembro Azul (mês dedicado à prevenção do câncer de próstata que acaba de iniciar), o preconceito ou o desconhecimento levam os homens a evitar consultas médicas regulares, ignorando sintomas importantes. Ao dar voz a especialistas, a imprensa assume o papel de educadora, transmitindo de forma acessível o que a comunidade médica já sabe: quanto mais cedo a detecção, maiores são as chances de cura.

Outro ponto crucial é que a imprensa tem o poder de humanizar esses temas. Durante o Novembro Azul, por exemplo, o compartilhamento de histórias reais — de pacientes que enfrentaram o câncer de próstata e tiveram sucesso graças ao diagnóstico precoce — é uma forma de motivar outros homens a se prevenirem. Relatos de vida têm um impacto emocional que os números e as estatísticas, sozinhos, não conseguem alcançar.

Além disso, a cobertura jornalística das campanhas de conscientização ajuda a fortalecer o trabalho das instituições envolvidas. Quando o jornalismo se dedica a mostrar o impacto positivo de campanhas de saúde, ele contribui para a construção de uma imagem de responsabilidade social das organizações e dos setores que promovem essas ações. Esse tipo de cobertura é, em si, um reconhecimento do compromisso dessas entidades com a saúde pública.

A luta contra o câncer de próstata, em particular, enfrenta desafios específicos. A masculinidade tóxica, ainda muito presente na sociedade, faz com que muitos homens relutem em buscar ajuda médica. O jornalista tem a missão de desconstruir essas barreiras, mostrando que cuidar da saúde é um ato de coragem e que o preconceito não deve ser um impedimento para a qualidade de vida. Aqui, o papel da imprensa é, de certa forma, o de um agente de mudança cultural.

Outro ponto importante é que a comunicação contínua e estratégica gera confiança. O público precisa sentir que os meios de comunicação se preocupam com o bem-estar coletivo, e não apenas com a audiência. Ao divulgar as ações do Novembro Azul, o jornalista reafirma seu compromisso com a saúde da sociedade, e essa confiança construída se reflete em outras pautas de interesse público.

Em uma era de desinformação, onde teorias conspiratórias e fake news circulam com facilidade, o jornalismo responsável atua como uma âncora de credibilidade.

Informar corretamente, com base em fontes confiáveis e dados científicos, é essencial para que a população compreenda a seriedade do tema e tome decisões conscientes sobre sua saúde. A confiança no jornalismo se torna, assim, um pilar para o sucesso das campanhas de conscientização.

Por fim, os meses de conscientização, como o Novembro Azul, são uma oportunidade para a imprensa reforçar o valor da prevenção e do autocuidado.

Com matérias bem elaboradas, entrevistas com especialistas e histórias inspiradoras, os jornalistas são capazes de transformar o que poderia ser apenas uma campanha anual em um verdadeiro movimento de saúde pública. Afinal, a prevenção é o melhor remédio, e a informação é o primeiro passo para um futuro mais saudável para todos.

Desejo um mês de muito trabalho a todos (e de muita prevenção também!)

Cuide-se!

Por Rogério Potinatti

Jornalista profissional | MTB: 50.151/SP

Instagram: @rgpotinatti