Quero iniciar este texto enaltecendo e entregando a medalha de ouro para todas as pessoas com deficiência.
Vocês são os melhores atletas da modalidade inclusão e equidade, vocês que todos os dias enfrentam os obstáculos e desafios da desigualdade e exclusão social, em uma competição constante contra o preconceito e exclusão, em busca de aceitação, respeito e acessibilidade, garantidos por lei.
Recentemente o Brasil conquistou 89 medalhas no maior evento esportivo dedicado inteiramente por atletas com deficiência: os Jogos Paraolímpicos, que destacaram o talento, a inclusão equidade, respeito e visibilidade dos participantes, nos fazendo refletir sobre o assunto.
Muitos nomes de diferentes modalidades se destacaram e fizeram história durante as competições.
Um deles foi Gabriel Araújo que “amassou as provas”, e além das medalhas ganhou a admiração e coração de muitos de nós.
O nadador é o típico brasileiro: a cada fim de provas se apresentava cheio de simpatia, bom humor, e dancinhas do TikTok, nos mostrando que estava em Paris não apenas por medalhas, mas também para inspirar as crianças e adultos que acompanharam as provas.
E ele conseguiu! Não só ele, como todos os outros atletas que estavam ali com o mesmo propósito.
É impossível acompanhar os Jogos Paraolímpicos e não se inspirar.
Impossível não repararmos na importância da inclusão, equidade e acessibilidade de que tanto falamos, lembrando que também é nosso DEVER quanto sociedade garantir os DIREITOS das pessoas com deficiência em acessar e conquistar todos os lugares que quiserem chegar.
Lugares esses que vão bem além das Paraolimpíadas.
Eu estou falando da sua empresa, seu restaurante, dos transportes, escolhas, hotéis, ruas e áreas de lazer, entre tantos outros. Será que estamos cumprindo com nosso papel? Estamos garantindo um ambiente inclusivo, acessível e seguro?
Se sim! Vamos continuar, pois estamos no caminho certo. Se não, precisamos começar imediatamente.
O que pode parecer simples para você é de grande importância para o outro.
Vou deixar aqui algumas ações que podem fazer de você um agente de transformação:
Faça parte na luta por IGUALDADE e EQUIDADE das pessoas com deficiência;
NÃO use expressões capacitistas como: “não tenho braço para isso”, “você está surdo/cego?”, “você tem de “fingir demência”, “João sem braço”, “desculpa do aleijado é muleta”, “usar como muleta”, “perdido igual a cego em tiroteio”, “ele(a) nem parece ter deficiência”, “ceguinho/surdinho/mudinho”, “botar a mão na massa”, etc.
Se posicione diariamente CONTRA todo tipo de preconceito;
Divulgue VAGAS direcionadas às pessoas com deficiência;
Quando entendemos a importância do nosso papel nessa LUTA começamos a VENCER.
Por: Thaysa Queiroz
Bióloga, apaixonada por diversidade, inclusão e equidade.
Instagram: @thaysadebora