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O ecossistema de inovação Vale da Celulose realizou, nesta terça-feira (16), a última reunião estratégica de 2025, consolidando um ano marcado por articulação institucional, eventos de engajamento e construção de bases sólidas para um ciclo ainda mais ambicioso em 2026. O encontro reuniu representantes do setor público, privado e do ambiente de inovação para alinhar ações concretas que colocam Três Lagoas no radar estadual da inovação.
Entre os principais encaminhamentos, ganhou destaque a proposta de realização de um hackathon em parceria com uma grande indústria de celulose com sede no município. A divulgação do edital está previsto para janeiro de 2026 e deve envolver estudantes, startups e interessados em geral, com uma premiação expressiva e, sobretudo, a possibilidade de implantação do projeto vencedor dentro da própria indústria — um diferencial que aproxima inovação aberta de aplicação real.
Outro ponto central da reunião foi a participação do novo diretor de Inovação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Jardel Matos, que apresentou o direcionamento da gestão municipal para o setor. Segundo ele, o prefeito Cassiano Maia (PP/MS) estabeleceu metas claras para inovação e pretende contar com o Vale da Celulose como parceiro estratégico.
Jardel reforçou a necessidade de construção de uma agenda estruturada para 2026, com eventos, missões técnicas e reuniões estratégicas, e apresentou Deyvid Prado, sócio da startup OnForest. A agritech atua na gestão florestal inteligente, oferecendo soluções digitais para levantamento e análise de dados de plantios, com foco na redução da mortalidade florestal, aumento da produtividade e sustentabilidade — um exemplo prático de como tecnologia e vocação regional caminham juntas.
Representando a Exxas, Luis Eduardo Vieira trouxe um anúncio estratégico: atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 12 ecossistemas de inovação, e o Vale da Celulose passará, oficialmente em 2026, pelo processo de validação junto ao Governo do Estado.
O planejamento envolve a estruturação da governança, organização dos atores por áreas de atuação e a definição de uma agenda anual permanente, voltada à troca de experiências, colaboração e resolução de desafios comuns entre os integrantes do ecossistema.
Fechando a pauta, a analista técnica do Sebrae, Carol Canassa, apresentou um calendário já desenhado para o primeiro semestre de 2026.
Estão previstos um evento de networking em janeiro, o hackathon com a indústria de celulose no final de fevereiro, um Startup Day em março, além de outras ações de estímulo ao empreendedorismo inovador.
Carol também reforçou a importância da participação ativa do Vale da Celulose no CODEC (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas) e sugeriu que o próximo encontro da governança aconteça já no início de janeiro de 2026.
2025: ano de construção e movimento
Ao longo de 2025, o Vale da Celulose mostrou dinamismo e capacidade de articulação.
O ecossistema promoveu encontros estratégicos com o poder público, como uma reunião na Câmara Municipal, que resultou na proposta de uma audiência pública e no debate sobre licitações por Diálogos Competitivos, além de ações de engajamento como o Happy de Inovação, que aproximou empreendedores, criadores de conteúdo e lideranças locais.
Com uma atuação que integra indústria, startups, universidades, poder público e entidades de apoio, o Vale da Celulose encerra 2025 menos como um projeto e mais como um movimento estruturado, pronto para dar um salto em 2026.
O próximo ano se desenha como o momento de consolidação, validação institucional e, principalmente, de transformação de ideias em soluções concretas para o desenvolvimento econômico e tecnológico de Três Lagoas.
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